Um caso sério e inusitado foi registrado durante a 15ª Sessão Ordinária, realizada nesta terça-feira (20/5), na Câmara de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. O vereador Benedito Raimundo Ribeiro, conhecido como Dito Pistola, denunciou que sua água, para beber, estava “batizada”.

De acordo com o vereador, a água que é servida em copos lavrados estava com odor e sabor incomuns. Ele usou a tribuna da Câmara para denunciar a suspeição e acionar a Polícia Militar, que enviou uma viatura para o plenário.

Segundo o BO, o vereador citou que nas reuniões é de costume serem colocados dois copos de água para cada vereador, e que ao experimentar a água nesta terça-feira, sentiu um gosto adocicado. Ele ainda completou que em seguida teve uma tremedeira nas mãos, o que o fez estranhar a situação.

O boletim de ocorrências narra ainda que outros três vereadores teriam experimentado a água e também citaram que ela estava com gosto estranho. Seriam os vereadores Carlos Dias, Reinaldo e Dulê. O advogado da Câmara também teria experimentado a água.

A Polícia Militar citou que encaminhou o vereador para registro do BO na unidade policial e que apreendeu o copo de água, encaminhando o objeto para a Polícia Civil, que abrirá um inquérito para investigar o caso.

Câmara explica situação 1i59n

O Terra do Mandu procurou a Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí, que emitiu uma nota explicativa, informando que são disponibilizados aos vereadores, durante as sessões, copos de água devidamente lacrados, adquiridos por meio de processo licitatório regular, como determina a legislação vigente. E que até o momento, o vereador Dito Pistola não teria apresentado requerimento formal pedindo providências à Mesa Diretora.

“As caixas contendo os copos de água são armazenadas em geladeiras localizadas nas dependências internas da Câmara, sendo que, nos momentos que antecedem as sessões, são distribuídos dois copos por parlamentar, os quais são dispostos nas mesas dos respectivos assentos no Plenário. Ressalta-se que, até o presente momento, o parlamentar não apresentou requerimento formal de providências istrativas à Mesa Diretora”, disse a nota. 

Ainda na nota, a Câmara citou que consultou informalmente a servidora responsável pela distribuição dos copos de água, que declarou ter realizado os procedimentos habituais na 15ª Sessão Ordinária, sem constatar qualquer irregularidade nos lacres ou inconformidade dos copos entregues.

“A Mesa Diretora da Câmara determinou à sua assessoria o acompanhamento das apurações a cargo das autoridades policiais, colocando à disposição da investigação toda a colaboração necessária para o total esclarecimento dos fatos, no compromisso com a transparência e a legalidade. A Câmara Municipal reafirma seu respeito ao mandato parlamentar, à segurança dos vereadores e servidores, bem como à confiança da população nos serviços prestados por esta Casa Legislativa”, completou a nota.